quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Adeus as janelas, bem vindo aos azulejos

No mês passado escrevi sobre as invenções da Apple e de seu criador Steve Jobs. Não havia como não abordar o assunto, isso devido ao desligamento de Jobs do cargo de executivo da empresa. Ontem, terça, a Microsoft divulgou a versão Developer Preview (para desenvolvimento) do Windows 8. A surpresa ficou na interface gráfica. As famosas janelas, que na realidade deram luz ao nome Windows, uma imitação do sistema Macintosh da Apple, cederam lugar para os azulejos, ou tiles em inglês, que novamente se baseiam nos sistemas da Apple pelo iOS, do iPad e do IPhone, voltados para telas sensíveis ao toque.

Nova tela inicial do Windows 8

Para mim a frase do executivo da Microsoft Steve Ballmer "Estamos repensando a Microsoft" soa como um estamos seguindo as tendências do mercado, já que o Windows 8 roda em tablets também. Ballmer disse ainda que novo Windows é baseado em quatro grandes temas: "hardware, serviço de nuvem, novos cenários para aplicativos e novas oportunidades."
Traduzindo: A Microsoft aceitou os tablets, migrou para nuvem e aposta suas fichas no surgimento de novos softwares por meio de seu Apps (uma cópia do AppleStore e do GoogleMarket).
Com o Windows 8 a Microsoft tende a centralizar esforços de desenvolvimento do Windows Phone de maneira a compatibilizá-los com seu novo Windows, numa espécie de plataforma única, tentando recuperar o tempo perdido.

Como diz o dito popular "macaco não briga com o pau onde sobe", a Microsoft, seguiu também a tendência que a Apple criou com as chamadas App's (Aplicações em inglês) incluindo no Windows 8 uma plataforma idêntica.

E para os usuários do Windows o que muda?
Segundo a Microsoft os programas feitos para versões anteriores serão compatíveis, contudo, uma mudança estrutural dessa magnitude certamente aposentará diversos softwares e plataformas.

As preocupações que devem com certeza ameaçar sistemas e plataformas são que a maioria terá que migrar para um novo conceito de como usar o computador. Não é apenas trocar o mouse pela tela sensível ao toque, mas sim se adaptar ao um novo modelo de usabilidade baseadas principalmente em mobilidade e nuvem.

Sua empresa está preparada para o novo cenário tecnológico?
A Microsoft anuncia em 2011 o que Google e Apple anunciaram anos atrás. As tecnologias que irão "colar" no novo mundo certamente serão aquelas voltadas para aderencia e resiliência, que possibilitem seu uso em qualquer hora e local, de qualquer equipamento, ou seja, as pessoas não querem usar mais os equipamentos que a empresa oferece para ele trabalhar, mas sim seu tablet, seu celular.
Estratégia? certamente as empresas que aderirem essas novas tecnologias estarão ampliando a jornada de trabalho de seus funcionários de forma que os mesmos nem percebam. É o que eu chamo de "mais valia virtual".

Sua empresa está preparada?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Prazer, meu nome é Computador e meu sobrenome é Internet

O título deste post é bem sugestivo para o brasil. Os números divulgados pela pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação no Brasil, realizada em 2010 e divulgada em junho deste ano pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC), ainda são tímidos. Vamos primeiro analisar os números.

Posse do computador (Domicílios Brasileiros com computador)
2009 -> 32%
2010 -> 35%
Relação entre outros países (dados de 2008)
Argentina -> 38%
Chile -> 40%
Alemanha -> 82%
Suécia -> 87%
Coréia -> 82%
Japão -> 94%
Regiões que mais possuem: Sudeste com 45%, Sul 42% e Centro-Oeste 40%
Regiões que menos possuem: Nordeste com 14% e Norte com 23%
Problema maior no nordeste onde não houve crescimento de 2009 para 2010. No norte o crescimento foi pouco, de 19% em 2009 para atuais 23%.
De modo geral o Brasil cresceu 9% de 2009 para 2010. O crescimento maior foi de 2008 para 2009 na ordem de 28%.

Conexão à Internet (Domicílios Brasileiros com Internet)
2009 -> 24%
2010 -> 27%
Relação entre outros países (dados de 2008)
Argentina -> 30%
Chile -> 24%
Alemanha -> 75%
Suécia -> 84%
Coréia -> 80%
Japão -> 94%
Uso da Internet pelas classes em 2010:
Classe A: 90% Classe B: 65% Classe C: 24% Classe D/E: 3%
Regiões que mais usam: Sudeste com 36%, Sul 30% e Centro-Oeste 33%
Regiões que menos usam: Nordeste com 11% e Norte com 14%

Tipos de conexão de Internet – Banda larga móvel x Fixa nos domicílios Banda larga fixa -> 68%
Banda larga móvel -> 10%
Discada -> 13%

Velocidade de conexão nos domicílios cujos respondentes sabem o tipo que possuem
Até 1Mbps
2009-> 55%
2010-> 40%
De 1Mbps até 2Mbps
2009-> 15%
2010-> 24%
Mais de 2Mbps
2009-> 7%
2010-> 15%
21% não sabem tipo e/ou velocidade


Usuários de computador e Internet no Brasil
Computadores 44%
Internet 41%
Taxa média de crescimento de 10% ao ano.
2005 24% usavam Internet, 2006 28%, 2007 34%, 2008 38% e 2009 43%

Principais mudanças no perfil do usuário de Internet:
Os que possuem o ensino fundamental completo passaram de 36% para 43% em 2010
Os que possuem idade entre 45-59 anos passaram de 16% em 2009 para 20% em 2010

Principais atividades realizadas na Internet
Serviços financeiros em 2009 15%, em 2010 17%
Comunicação em 2009 90%, em 2010 94%
Busca de informações em 2009 86%, em 2010 87%
Educação em 2009 72%, em 2010 66%

Atividades realizadas na internet
14% usam microblogs (twitter)
13% criam e atualizam blogs ou páginas
10% participam em fóruns e listas de discussões
Essas atividades são maiores entre os que possuem de 16 a 34 anos.

Como aprenderam usar o computador
69% por conta própria
42% com amigos ou parentes
30% em curso de treinamento pago
17% em instituição formal de ensino
7% em treinamento gratuito
5% em cursos pagos pelo empregador

Locais de acesso à Internet
Casa 57%
Lan House (acesso pago) 34%
Casa de outra pessoa: 27%
Trabalho: 22%
Escola: 14%
Acesso público gratuito: 4%
Em 2007 e 2008 as Lan’s house’s ganhavam dos domicílios.
40% a 49% em 2007
43% a 47% em 2008
50% a 44% em 2009

Destaques:
67% dos entrevistados possuem celular. As classes A e B possuem 94% e 84% respectivamente.
Brasil ocupa a posição 121 no ranking de preços de banda larga móvel. É mais caro do que Rússia, México, Chile e Peru, por exemplo.
73% disseram que os custos do computador são elevados, não tendo como pagar.
63% disseram que falta disponibilidade na área para contratação de internet
37% disseram que a maior dificuldade no uso de internet no Brasil é devido às páginas que demoram muito para aparecer (lentas e carregadas) e 21% não conseguem encontram informação desejada no site.

Fonte: CETIC