quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O ser "pirata"


A terminologia pode ser inimiga "nossa", neste caso, pois, que atire a primeira pedra quem nunca copiou algo - informação, música, vídeo, livro, receita de bolo, etc.
Bom, eu poderia ir longe neste assunto, parte de minhas pesquisas estão neste tema, mas irei elencar alguns aspectos interessantes para acender mais polêmicas sobre o assunto.



Primeiro é com relação ao que pode ou não ser compartilhado (o tal de "share"). Exemplo simples é que mesmo hoje podemos comprar um livro impresso, ler, e depois emprestá-lo a alguém, ou até mesmo doá-lo. Contudo, o livro digital muda esse conceito, impedindo o tal share...

Segundo é que nossa avó anotava e compartilhava suas receitas de bolos, permitindo que nossos parentes e amigos continuassem reproduzindo-a mesmo depois de anos. Me lembro bem de como trocávamos figurinhas repetidas nos intervalos da escola. E logo depois, mas na adolescência, fitas cassetes com músicas de nossos grupos favoritos. Ora, isto no mínimo cheira algo do tipo modus operandi de conhecimento e informação.

Terceiro é que muitas cias. lucraram durantes anos (algumas até hoje) com uma tal de estratégia do vício, ou seja, permitem que seus produtos sejam copiados para depois cobrar dos usuários licenças de uso. Ora, essas grandes empresas possui tecnologia suficiente para proibir a cópia, e não me perguntem quem e porque não fizeram isso no começo.

O quarto argumento está relacionado com a questão de produção do conhecimento. Tenho total certeza que estou copiando alguém neste exato momento, mas a certeza também de que o conhecimento se constrói de forma colaborativa, num ambiente social. Colaboração está intrinsecamente relacionado com trocas, ao tal share..., num ambiente social (precisamos de Polanyi)

Por fim analisemos rapidamente o tal de software livre, mas especificamente o Linux, e veja o arcabouço tecnológico que o mesmo criou. Poderia citar centenas de infra-estruturas e de plataformas baseadas em software livre, mas deixo a curiosidade em link.

Longe de pregar o caos, a desordem das propriedades, acredito realmente que as coisas devam respeitar os direitos e deveres de cada um. Mas não quero, e lutarei para isso, que todo e qualquer material presente na Web seja retirado do ar por motivos de lucro ou prejuízo de pelegos.


Encerro a questão usando um share da definição de pirata presente na Wikipédia

pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizado em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos Piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII.

Para aqueles quem possuem filhos pequenos que queiram compartilhar uma música, ou um livro, fica o alerta: eles poderão ser chamados de marginais, que sacam e pilham.


A SOPA dos Americanos
Pois bem,  que temos hoje é uma discussão centrada em dinheiro, em capital, em que o jogo é de quem vai ganhar mais. 
Um projeto de lei antipirataria on-line (SOPA em inglês) que reforça penas para quem viola propriedade intelectual nos EUA.


Veja infrográfico auto explicativo da Folha de ontem.





terça-feira, 22 de novembro de 2011

Google TV versus Apple TV


As TV's inteligentes mal nasceram e já podem estar com seu fim decretado. Para quem ainda não conhece as Smart TV melhor, mas só lembrando que as Smart TV’s são as tradicionais TV’s de LED, plasma ou LCD, dotadas de tecnologia capaz de navegar pela Internet, permitindo que os usuários acessem vídeos do Youtube, portais de notícias, etc.
Pois bem, o futuro das TV’s pode estar mesmo nas mãos de duas grandes CIA’s: Apple e Google.





Ambas delas ofertam shows, noticiários, músicas, esportes, etc. Além é claro de acesso a NetFlix, Youtube, Vimeo, etc;
A Google TV tenta fechar acordo com a Samsumg, para fabricar TV’s já com o Setup Box da Google embutido no equipamento, o que poderá ser também uma forma da Google ampliar o novo serviço.
Já a Apple, com um pouco mais de experiência no negócio, aposta em tecnologias como Airplay, que permite seus usuários estender a TV para todos os seus equipamentos: iPhone, iPod, iPad, etc, e seu Setup Box pode ser adquirido com uma assinatura dos serviços por U$99 mensais.
Como quase as duas CIA’s não brigam, na ironia é claro, já podemos imaginar o que vem por ai.

Analisando o pouco que consegui sobre as duas, em primeira análise, a Apple está bem estruturada para os mercados mais consolidados de tecnologia, como EUA e Europa. Já a Google corre atrás de criar um alicerce para atuar com qualquer parceiro.
Mais uma disputa boa que vem por ai.
O conceito de TV, que já mudou muito, vai mudar mais ainda. Vamos escolher o que assistir e quando assistir. Vamos ter possibilidade de escolha do equipamento, não ficando preso na tradicional TV, mas sim em telefones, em tablet’s.


No Brasil a NetFlix já iniciou um projeto com a rede globo, que pode culminar com parte de sua programação na Net.
Estaremos além da alta resolução, mas com um novo padrão de TV, talvez nasça a Social TV!