quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Jobs: A dor passa, a referência não.

Me lembro muito bem quando escolhi a área da computação. Era uma segunda-feira, por volta das 09h00, na entrada da Universidade, momentos antes de preencher o formulário de inscrição para o vestibular, diga-se de passagem muito difícil. Meu pai me perguntara se tinha certeza da escolha. Naquele momento, me lembrava dos cursos que estava fazendo com os computadores da Apple e, pelo meu encanto de dominhar máquina, respondi rapidamente que sim. Meu pai, não tendo condições de contribuir financeiramente com meus estudos, disse sabiamente que era uma escolha inteligente, mas com um longo caminho a percorrer. No segundo ano do curso eu já havia montado a Vision Soluções em Informática, com meu ex-sócio Gustavo Beluco. Desenvolviamos aplicações comerciais em Clipper, numa sala na casa ao lado de seu pai, o violinista Valdir Beluco, na rua Riachuelo, em Piracicaba, SP. Programavamos computadores ao som de violinos.
Minha história, como de muitos outros, se mistura com a de Steve Jobs. Aprendi, anos depois, que éramos empreendedores. Termo bonito, mas que na prática significa acreditar nos sonhos, na capacidade, na criatividade, nas habilidades, na liderança, na perseverança e na coragem.
Cresci vendo a Apple de Steve Jobs crescer. Jobs fez a Apple vencer não apenas a Microsoft, mas também preconceitos, acima de tudo não venceu apenas pelo espirito de liderança, mas principalmente pela criatividade, pela invenção, pela genialidade, pelo respeito. Não estudavamos, na época, as teorias de Schumpeter, apenas praticavamos.
Romper padrões era a essência de Jobs. A prova foi vivenciada em sua gestão da Apple, que jamais cedeu espaço para enlatados.
Jobs não conseguiu vencer pelo acaso, mas sim pela paixão de criar, de inventar, de mudar a visão do mundo pela tecnologia.
Seu legado é o nosso mundo. O mundo do toque, da interação, da mobilidade, da simplicidade, da qualidade, da leveza.

Jobs não é hardware nem software. É criatividade.










Mensagem oficial da Apple.
Apple.com

2 comentários:

  1. Paulo, parabéns pelo blog. Parabéns pelo texto!
    Não tenho aparelhos da Apple, mas tenho plena consciência da importância de Steve Jobs para o mundo.

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  2. Primeiramente parabéns pelo post.
    Jobs foi e sempre vai ser uma “lenda” e ninguém da área de tecnologia pode esquecer o que este líder criativo representou e vai sempre continuar representando ao mundo da tecnologia, um visionário sem duvida a muitos, mais muitos anos luz a frente de tudo e todos.
    Escolhi a área de tecnologia da informação por ter mais afinidade com computadores, logica de programação, banco de dados etc... Sempre seguindo os paços dos maiores lideres da informática. Não podemos no centrar apenas a produtos apple como iphone, ipod ou ipad mais sim o que esse revolucionário criativo contribuiu para o mundo. Se pararmos para pensar se ele não tivesse feito o que fez será que estaríamos no nível de informação e com os recursos que estamos trabalhando atualmente, onde podemos responder esse post pelo próprio celular ou tablete (“celular grandão”)?
    Como nosso amigo acima também não tenho produtos apple, por preferencia. Mas sei e todos devemos saber a importância desde homem não só pelos produtos.
    Pergunta: Como ficaria que ele não tivesse comprado o mouse da Xerox, usaríamos só o teclado (meu pai estaria lascado)? Ou se ele não tivesse cortado o cabelo e tirado o bigode na exposição de computadores?
    Se ele não tivesse feito nenhuma dessas coisas vocês podem ter certeza que era por que essas não eram as escolhas certas a serem tomadas.
    Jobs! Vai com Deus, espero que descanse em paz, pois você deu a paz e o futuro para muita gente. Minhas condolências a família, amigos e pessoas que o admiravam.
    Renan B. Miguel / Profissional da Informação

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